quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Pressa de cu é rola!

No mundo de hoje tudo é para ontem e se ficar para amanhã a coisa fica ultrapassada e sem importância. Não sou só eu que enxergo as coisas dessa forma, mas talvez muitas pessoas estejam dentro dessa loucura e nem fazem idéia de onde estão.
Estou falando dessa pressa para tudo que temos hoje em dia. Um documento tem que ser entregue em 15 minutos por um motoboy, um prédio deve ser construído em tempo recorde, um site deve ser produzido em um dia e por aí vai.
Porra, vai ter pressa assim na puta que te pariu!
Fico imaginando como funciona a cabeça das pessoas com mais idade e que viveram em uma época sem internet, iPod, motoboy e coisas do gênero. É claro que eles não entendem para que tanta pressa e ficam imaginando onde vamos acabar.
Já estamos vivendo em um hospício e, se não fizermos algo bem rápido, vamos começar a achar que o hospício não é rápido o suficiente. É um paradoxo, não acham?

Estava conversando outro dia com uma grande amiga minha que sempre passa por apuros desnecessários por causa da pressa. Ela trabalha com tradução/localização de softwares e sei que existe uma pressão terrível para se produzir cada vez mais num prazo cada vez mais curto. Ela, com certeza, tem vontade de mandar todo mundo tomar no cu todo dia, mas não pode. Uma por causa da porra do dinheiro (sempre ele!) e outra porque se ela sai, outra pessoa chega e assume o lugar dela. Antes não tínhamos a internet e as coisas tinham que ser mandadas pelos correios, FedEx, DHL ou o raio que o parta. Isso levava tempo, que sempre era levado em conta na hora de se planejar alguma coisa.

Às vezes tem gente que exagera, com certeza, mas aí entraríamos em uma outra discussão. Parte dela já até foi publicada aqui no Vagabundo de cu é rola! e o resto fica para depois, larga mão de ser apressado, caralho.

Lembram-se dos office-boys? Pois é, a profissão de office-boy está quase extinta (para não dizer que já está). Antes era o primeiro emprego de muitos meninos, que perdiam o dia andando de busão, pegando fila em banco, jogando fliperama no centro da cidade e tudo mais. Hoje em dia, esses meninos já não podem começar a sua vida profissional assim e acho que eles estão perdendo muito. Na época de office-boy é que se aprende a andar pela cidade, a se virar para conseguir alguma coisa, a se achar depois de estar perdido. Acho que os meninos que passaram por isso e continuaram a estudar, não só em escola mas em projetos profissionalizantes evoluiram muito e devem muito à época de office-boys.
Hoje eles têm de começar como auxiliares administrativos, atendentes de telemarketing (ai, meu caralho, eles de novo) e por aí vai. E quase sempre as empresas pedem experiência anterior. Como pedir uma experiência anterior se é o primeiro emprego de alguém? Vai se foder, não?


Aos que pedem as coisas para ontem e acham que estão certos, vão à merda!

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Telemarketing de cu vai estar sendo rola!

Quem nunca foi incomodado com os espetaculares atendentes de telemarketing nessa vida? Seja sendo incomodado no conforto do seu lar, no trabalho ou em qualquer outra hora inoportuna, seja quando você vai solicitar um serviço ou assistência a uma empresa sempre somos bombardeados pela falta de noção, pelo português característico dessa categoria ou pela falta de competência de quem está do outro lado da linha.
Puta que pariu, como são ruins esses caras! Mas eu não os culpo de forma alguma. Existe uma pressão enorme para que eles façam essas ligações que podem chegar a umas 200 por dia oferecendo cartões de crédito, seguros, assinaturas de revistas e tudo mais que você possa imaginar. Os call centers normalmente são terceirizados devido ao custo e, justamente por causa disso, não oferecem o mínimo necessário para que uma pessoa trabalhe com decência e qualidade. Imaginem vocês tendo que trabalhar por um salário de merda, num ambiente de merda, com um chefe de merda e para uma empresa de merda. Quantos de vocês se candidatariam a uma vaga dessas? Pois é, tem gente que prefere fazer faxina ou juntar lata de alumínio a ter que se sujeitar a esse tipo de trabalho. Aos que heroicamente se candidatam, não resta muita coisa além da merda mesmo.
Uma vez tive um problema com uma operadora de telefonia celular, que vou chamá-la aqui de TIM (dã!) e tive que entrar em contato com o call center deles para tentar resolver o problema. Depois de inúmeras ligações, inúmeros minutos em espera, inúmeras vezes que tive que repetir o problema, me deram o prazo de 48h para alguém entrar em contato para agendar um atendimento que poderia ser em até 10 dias úteis para que depois disso eles avaliassem o meu problema e resolvessem em 5 dias úteis. É um excelente prazo, não acham? Pois se passaram todos esses dias e prazos e nada foi resolvido. Abri um processo na Anatel contra a Tim sobre esse problema e em incríveis 24 horas o problema foi resolvido.
Sabe o que mais me irritou nessa história toda? O péssimo atendimento que a TIM proporciona aos seus clientes. E pior ainda é saber que eles estão pouco se fodendo para os enroscos que a gente passa e eles não são os únicos. Todas as empresas de serviços que contratam call centers estão querendo mais é que os seus clientes vão pra merda.


Aos que acham que gerundismo é legal, vão estar podendo ir à merda!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Japonês de cu é rola!

Para o inferno aqueles que rotulam tudo! E para o inferno do inferno aqueles que aceitam e usam os rótulos!
Por causa disso, tem gente que acha que se o cara é descendente de japoneses, ele tem que passar em primeiro lugar na USP, trabalhar com computadores, fotografar bem e ainda tem que saber fazer pastel! Claro que parte disso é culpa dos próprios nipo-descendentes, mas o preconceito é maior que tudo isso e pior ainda são os fulanos que aceitam e acham isso normal.
"Puxa vida, ele é oriental...". Oriental é a puta que te pariu! Todo mundo que nasce pra lá de Greenwich é oriental, então, de espanhóis a japoneses, todo mundo é oriental. Não sabe o que é Greenwich? Então vai pra puta que te pariu também. Eu nasci no Brasil, isso explica alguma coisa pra você?
Isso porque eu nem comecei a falar dos negros e é melhor que eu nem comece a falar porque isso renderia uma tese.

Mas esses rótulos não se limitam somente às descendências étnicas, eles vão muito além.
Nerds, macumbeiros, maconheiros, surfistas e muitos outros entram nesses rótulos, que generalizam tudo sempre pelo lado ruim da coisa, e as merdas começam por causa disso.
Todo cara que mora em uma favela é ladrão e vagabundo? Somente na cabeça dos rotuladores que existem por aí. Muito provavelmente esses rotuladores são aqueles playboys, filhinhos de papai de uma figa. Tá vendo como o rótulo é bacana?

Aos que rotulam ou usam rótulos, vão à merda!

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Doutor de cu é rola!

Ah, esses doutores! Médicos, dentistas, advogados e até veterinários, todos doutorezinhos de merda.
Esse título virou símbolo de status para a escória da sociedade. Todo mundo esquece que, historicamente, para o fulano se graduar nessas faculdades era preciso desenvolver uma tese que se equivalia a um doutorado, daí o título.
Só que com a decadência do ensino e a "evolução" dos métodos, essas teses ficaram para trás dentro da graduação mas os calhordas não queriam perder o precioso título! Assim, todos se auto-intitulam "doutores" apenas por terem concluído uma graduação sem considerarem os historiadores, filósofos, biólogos, educadores, enfim todas as outras pessoas que se esforçaram tanto quanto os "doutores" para se graduarem.
Não pensem que estou querendo que todos joguem seus diplomas no lixo ou coisa parecida. Apenas se coloquem nos seus devidos lugares e mudem seus títulos para bacharéis, por exemplo. Doutores são aqueles que concluem o doutorado, normalmente depois de passarem por um mestrado.
Imaginem se todas as pessoas que concluem um mestrado resolvem que devem ser chamadas de professores mestres? Garanto e dou meu saco a tapa se essas pessoas não forem massacradas por todo mundo por estarem com o nariz empinado. E o pior é que os professores mestres estariam certos e fizeram por merecer! Porém, depois de estudarem tanto e investirem tanto tempo redigindo suas teses, eles ainda conseguem manter a humildade, ao contrário dos "doutores".

Aos que pensam que um título os tornará pessoas melhores, vão à merda!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Vagabundo de cu é rola!

Tem vagabundo pra tudo e de tudo quanto é jeito nesse mundo. Tem os vagabundos por opção, por natureza, por vagabundice e o caralho a quatro.
Fico imaginando o quanto essa massa vagabunda poderia ser mais útil para si própria ou para o resto do mundo e fico cada vez mais puto com isso. De cobrador de ônibus folgado que não quer ter o trabalho de trocar R$10 a presidente de república que não quer ter o trabalho de melhorar o país, tem folgado pra caralho e não fazendo de tudo nesse mundo!
Isso se deve ao fato de que as pessoas sempre escolhem os caminhos e maneiras mais fáceis de se "resolver" uma coisa ou problema. É muito mais simples deixar para depois do que fazer na hora, não é?
E não pára por aí. É muito bonito ouvir as pessoas dizendo que outros precisam de ajuda, que estão passando fome ou necessidades, mas a preguiça impera porque fazer dá trabalho e trabalho é uma merda.
Na minha modesta opinião, esse pensamento, em partes é por causa da porra do dinheiro. Se não fosse pelo dinheiro eu creio que as pessoas procurariam fazer mais o que lhe dá prazer do que ficar pensando se isso vai dar dinheiro ou não. O que isso tem a ver com vagabundice? Porra, imagina uma puta massa gigante fazendo as coisas sem vontade e de saco cheio. É óbvio que as coisas vão sair de qualquer jeito (quando saem!), sem o mínimo de capricho ou boa vontade. Resumindo, vai sair tudo uma merda.
Mas tem ainda aqueles vagabundos natos de plantão que estão de cu virado ou querem dar o cu e não admitem e que ainda têm o prazer de não fazer ou deixar para fazer depois qualquer coisa em suas vidas. De ajudar a limpar a casa a decidir sobre o futuro de uma pessoa.

Aos que acham que "Depois eu faço" é uma boa resposta, vão à merda!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Educação de cu é rola!

Educação em ciclos, que coisa mais linda! Na teoria até o capitalismo pode parecer bonito, caralho.

A idéia de ninguém mais reprovar na escola e que a pessoa deve ter consciência de que se não se esforçar ela não será nada no futuro é uma balela que não tem tamanho. Ninguém chegou a cogitar a possibilidade (totalmente plausível, diga-se de passagem) de que a nossa sociedade atual não tem estrutura para se colocar um projeto desses em prática? Imaginem a quantidade de famílias que os pais não estudaram, não sabem acompanhar o rendimento escolar dos filhos, que acham que um croque na cabeça é o suficiente para que a criança aprenda a fazer a tarefa de matemática. Agora imaginem a estrutura dessa criança para chegar na escola e saber que ela tem que se esforçar tanto quanto o colega que não faz nada e vai "passar de ano" da mesma forma. Com o sistema educacional falido do jeito que está e com a falta de apoio e incentivo que o governo oferece, não é difícil encontrarmos pessoas que estão na oitava série que mal sabem escrever o próprio nome.

Existe até um plano de marketing de uma grande instituição financeira que promove educação gratuita e "de qualidade" para muitas crianças a fora nesse país. Tirando a parte de que, na verdade, esses centros de educação são um invesitmento em marketing e que o que interssa ao banco é ter mais pessoas prontas para serem atendentes de telemarketing ou auxiliares administrativos, vamos aos fatos.
Salas com 45 alunos, conteúdo forçado goela abaixo por professores cada vez mais pressionados pela direção para atingir metas (sim, metas!) de aprovação conforme as diretrizes estabelecidas pelo banco (às vezes me pergunto se não é o marketing que pensa nisso...), com um modelo de educação que já estava ultrapassado quando foi implementado na década de 50, não creio que as crianças tenham uma educação "de qualidade" mesmo.

MAS (tem sempre um mas em tudo, né?) tudo isso mudaria se todas essas crianças fossem orientadas por pais e educadores para conseguirem atingir objetivos menos quantitativos e mais qualitativos. Vejo crianças muito bem orientadas que fazem coisas muito bacanas desde bem pequenas e que me inspiram a fazer algo de bom com meus amigos de terreiro.

Aos que acham que educação é só com a escola e que lição de casa atrapalha o programa de fim de semana da família, vão à merda!

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Sobrinho de cu é rola!

É uma pergunta que todo profissional de comunicação se faz hoje em dia, tirando, lógico, aqueles que trabalham em grandes agências.
Os sobrinhos são os maiores concorrentes de qualquer agência pequena ou média e, normalmente fazem com que a profissão se transforme em prostituição.
Muitos dizem que é só mostrar competência que o job é seu, mas acho que todos sabem que não é bem assim. É o mesmo pensamento de quem compra um CD de música nos dias de hoje. Para quê pagar R$30 ou R$40 se eu posso comprar o CD da Kelly Key no camelô da esquina por R$5? Para quê pagar por um site da minha empresa se o meu sobrinho pode fazer praticamente de graça?
Obviamente que em alguns casos o sobrinho faz o melhor que pode e o cliente é obrigado a procurar por um profissional sério para refazer o trabalho. Mas são excessões! E quando chegam, acham que podem pagar assim como pagaram o sobrinho (bala, almoço, vale-brinde das Americanas).

Não me venham com demagogias dizendo que isso é concorrência, que depende de competência e o caralho a quatro porque isso é papo de cliente mala que acha que um site é só um negócio colorido que fica piscando umas coisas bonitas ou que chegam falando "Eu quero uma coisa simples mas que faça vendas, tipo o Submarino...".

A todos vocês que gostam de luzes e sombras em logotipos e que acham que Comic Sans é uma puta fonte, vão à merda!